A imagem do personal trainer tem se popularizado nos últimos anos. Hoje em dia é possível contratar profissionais de alto nível por preços acessíveis. Inicialmente eram contratados por artistas e empresários que não podiam perder tempo frequentando academias e pelo desejo de privacidade. Os professores de Educação Física viram nesse mercado crescente uma forma de ganhar autonomia e dinheiro. Infelizmente, pessoas sem a qualificação profissional necessária, perceberam a oportunidade de trabalho e passaram a oferecer o mesmo serviço. Por esse motivo, quando um cliente quer contratar um personal trainer, precisa tomar certos cuidados para que não venha a arrepender-se posteriormente. Isto porque uma escolha errada pode acarretar sérios problemas à saúde, para não falar do prejuízo financeiro. Assim ao contratar o profissional, comprove a formação em Educação Física, verifique se ele fez ou faz cursos de especialização e comprove as referências. O Procon recomenda obter informações no Conselho Regional de Educação Física (CREF), em faculdades de Educação Física, em empresas credenciadas e conceituadas que ofereçam cursos de especialização, e caso seja necessário, com as academias, clinicas e com outros clientes. Após a avaliação prévia e escolhido o profissional, faça um contrato de prestação de serviços, regido pelo Código de Defesa do Consumidor. O documento deve ter dados pessoais do cliente e do profissional de Educação Física (nome, endereço, telefone, CREF, CPF, RG), preços, forma de pagamento e reajuste, periodicidade, horários, reposição de aulas, prazo (data de início e término), férias, locais de trabalho e condições para rompimento do contrato. Alguns colegas de profissão não possuem contrato algum, pois se baseiam na satisfação do cliente. Mesmo que não haja um contrato inicial, sempre haverá responsabilidade por parte do profissional de Educação Física, pois qualquer problema relacionado à saúde ou à integridade do cliente, decorrente de exercícios mal direcionados, o professor poderá ser responsabilizado. Por isso o profissional deverá resguardar-se, mantendo em seu poder, o planejamento das atividades prescritas, relatórios das atividades realizadas, tipo de equipamentos usados, locais das atividades e outros detalhes que possa usar em sua defesa. Quando do pagamento (sempre será cobrado adiantado), é importante também fazer um recibo. Há nas papelarias formulários já prontos. (ou então crie no computador). Como muitos profissionais trabalham apenas com contrato verbal, o Procon recomenda que sejam guardados folhetos com informações ou material de divulgação para, havendo algum problema, ter respaldo jurídico. Todos os comprovantes de pagamento devem ser guardados. Nesse caso o cheque funciona como um comprovante de pagamento. Os danos mais comuns à saúde, causados por exercícios mal executados (ou por excesso deles) , são as lesões musculares ou nas articulações, além de problemas posturais. Outro problema decorrente da contratação de um mau professor é não conseguir alcançar o resultado esperado. O cliente paga, mas não tem benefícios. Cabe ainda ao personal trainer, quando solicitado, indicar e orientar os equipamentos, calçados e vestuário, adequados à prática esportiva adotada. Sendo assim, aqui vão outras sugestões que devem ser lembradas por ambos, cliente e personal trainer:
Tenha seu (s) objetivo(s) bem definido (s).
Deve ser lembrado que, quando o cliente optar por um trabalho diferenciado e individualizado, será necessário verificar através de anamnese, exames e avaliações físicas e médicas, em que tipo ele se classifica:
1-Aparentemente saudável, sem fator de risco cardiovascular;
2-Aparentemente saudável, com fator de risco cardiovascular;
3-Portador de doença cardiovascular.
Estas informações são importantes para que você possa fazer um planejamento do condicionamento físico com segurança e respaldo jurídico. Ficando atento a esses detalhes, você será um personal trainer de sucesso. Não esqueça: acredite sempre em você e no seu trabalho.
Referência Bibliográfica
DOMINGUES FILHO, L.A – Manual do personal trainer brasileiro – 2º edição, Ícone, São Paulo, 1998.